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Não esquecer que essa casca que envolve meu espírito, minha parte divina, é finita. É cíclica e não eterna.
Esse meu corpo eu devolvo pra terra. Essa energia material eu reciclo. E retorno, e retorno.
Não sou esse corpo. Sou o além desse corpo. Sou sua parte imaterial, sou sua parte abstrata e inatingível. Sou para o infinito de suas subjetividades.
Não sou o cheiro desse corpo. O cheiro como produto do meu ser é um estado vulnerável de mim.
Meu corpo é onda. É ciclo. É terra, fogo e ar em outras proporções. É alimentado de água e vida.
Meu corpo é dualista. É divino e terreno. É sagrado. É buraco e preenchimento. É pecado e sacrifício. É prazer e dor. Sou eu e o todo, ligados por algo maior.
Posso adereçar meu corpo. Torná-lo atraente, chamativo. Posso deformá-lo. Posso moldá-lo com minhas atitudes e palavras, moldá-lo com meus “nãos”, principalmente.
Mas será sempre uma experiência transitória. Eterna em conhecimento humano, mesmo que inconsciente. Eterna em vivencias sensoriais. Mas finita como matéria física.
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